Venâncio Mondlane denuncia perseguições, sequestros e assassinatos de apoiantes à PGR
Venâncio Mondlane, reconhecido pela Comissão Nacional de Eleições e pelo Conselho Constitucional como o segundo candidato mais votado nas eleições presidenciais de outubro passado, submeteu, na terça-feira, 18 de fevereiro, uma denúncia à Procuradoria-Geral da República (PGR). No documento, Mondlane solicita uma investigação sobre a perseguição, os sequestros e os assassinatos de seus apoiantes, supostamente cometidos pela Polícia da República de Moçambique (PRM) em diversas regiões do país.
A denúncia inclui um relatório que sintetiza o número de vítimas dessa repressão política. Mondlane afirma que a atuação da polícia representa uma grave violação dos direitos humanos e exige que a PGR inicie investigações criminais contra os agentes envolvidos em casos de homicídios, tortura e destruição de bens.
Além disso, o político pede que sejam adotadas medidas para garantir a proteção das testemunhas e de seus familiares, bem como a responsabilização das autoridades policiais e políticas implicadas nos atos de violência.
Para evitar que a denúncia seja ignorada, Mondlane também solicita o envolvimento de organizações de direitos humanos, visando garantir o acompanhamento das investigações e assegurar transparência no processo.
De acordo com o relatório anexado à denúncia, um total de 398 apoiantes de Mondlane teriam sido vítimas de violência policial, incluindo 40 mortos. A província de Nampula aparece como a região com o maior número de casos registrados.