EMOSE recusa cobrir vandalismo em manifestações, mas prevê exceções

EMOSE não cobrirá prejuízos causados por vandalismo em manifestações

EMOSE recusa cobrir vandalismo em manifestações, mas prevê exceções

A Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE) anunciou, durante a sua XXXIV Reunião Nacional de Gestores e Quadros (RNGQ), realizada na segunda-feira (17), que não assumirá a cobertura de prejuízos resultantes de vandalismo ocorrido em manifestações políticas. De acordo com o Presidente do Conselho de Administração (PCA), Janfar Abdulai, essa diretriz já está prevista na política de seguros da instituição, embora existam exceções para determinados clientes.

Abdulai esclareceu que, apesar do crescente número de pedidos de indenização por parte de clientes afetados por atos de vandalismo durante protestos, as apólices da EMOSE não incluem esse tipo de situação.

“Recebemos solicitações quase diariamente para cobrir sinistros, e essa é a razão de ser de uma seguradora. No entanto, danos causados por manifestações políticas não estão contemplados nas nossas apólices”, explicou.

No entanto, o gestor destacou que algumas instituições financeiras possuem contratos que incluem proteção específica para esse tipo de risco.

“Não podemos divulgar quais clientes contrataram essa cobertura, mas trata-se de casos excepcionais”, afirmou Abdulai.

Outro tema abordado na reunião foi o avanço do processo de digitalização da EMOSE, que está em implementação há dois anos e se aproxima da fase final. Segundo Abdulai, a modernização é essencial para que a seguradora acompanhe as novas exigências do setor.

“O mercado segurador está em constante evolução, e não podemos ficar para trás. Estamos em uma fase avançada de digitalização e esperamos concluir esse processo ainda este ano, com a introdução de novos produtos digitais”, destacou.

A EMOSE também reafirmou seu compromisso em áreas estratégicas, como o setor agrícola e a mitigação de riscos associados às mudanças climáticas. A empresa integra um consórcio de seguradoras contratado pelo Estado para minimizar os impactos de fenômenos climáticos extremos na agricultura moçambicana.
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